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O tarifaço, o mico e o gorila: quem apanha é o consumidor

O Brasil parece pronto para entrar numa briga que dificilmente vencerá. De um lado, os Estados Unidos, liderados por Donald Trump, anunciam tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros. Do outro, o governo federal reage com tom inflamado e aposta em uma retórica de autonomia nacional. No meio desse embate, quem pode sair mais machucado é o consumidor.



🏛️ A geopolítica por trás do tarifaço

A medida anunciada por Trump não é isolada. Ela ocorre em um contexto mais amplo, em que o Brasil tem se posicionado dentro dos BRICS a favor de reduzir a hegemonia do dólar como moeda de referência nas transações internacionais. Isso incomoda — e muito — os Estados Unidos, que veem na estabilidade e no domínio do dólar uma base fundamental de seu poder global.


Além disso, há uma disputa por influência em andamento na América do Sul. E, como sabemos, o tabuleiro da política internacional nem sempre é racional — muitas vezes, é movido por demonstrações de força e recados simbólicos.


🐒 Mico vs. gorila

Como disse o ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartsman, entrar nessa briga é como ver um mico desafiando um gorila de 500 kg. A metáfora é dura, mas precisa. O Brasil é menor em escala, poder econômico e capacidade de retaliação. Exportamos itens importantes, como café, frutas e carnes — mas eles não são vitais para o abastecimento norte-americano. Já nós dependemos dos EUA em setores estratégicos como energia, tecnologia, indústria e aviação. A assimetria é clara.


🇧🇷 Reciprocidade que pode pesar no bolso

Mesmo assim, o governo brasileiro cogita retaliações. Acionar a chamada Lei da Reciprocidade significaria encarecer insumos fundamentais à nossa indústria — motores, máquinas, peças industriais, eletrônicos, combustíveis e componentes de alta tecnologia. O impacto se espalha: pressiona os custos de produção, afeta a competitividade e tende a elevar o preço de bens e serviços para toda a população.


☯️ Conclusão

Em tempos de tensão e instabilidade, a melhor atitude é fortalecer o controle sobre o próprio orçamento. Evite gastos desnecessários, adie decisões que comprometam parte relevante da sua renda e, o quanto antes, crie uma reserva de emergência. Prepare-se: se essa crise escalar, tempos ainda mais difíceis podem deixar de ser previsão e virar realidade.


 
 
 

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