Nos primeiros sete meses de 2024, os pagamentos do INSS bateram um recorde histórico, ultrapassando R$577 bilhões. Com a projeção de que esses valores ultrapassem a marca de R$1 trilhão até 2025, o rombo da Previdência se torna uma questão cada vez mais preocupante e você precisa se preparar para isso.
A Pressão do Salário Mínimo
A política de reajuste do salário mínimo acima da inflação, adotada pela administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aumenta essa pressão. A cada aumento do mínimo, os benefícios previdenciários também são ajustados, ampliando os gastos públicos.
Conforme o economista Fabio Giambiagi, “é importante considerar que os aumentos no salário mínimo, mesmo que pequenos, ao longo dos anos adicionam entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões aos gastos públicos.”
O Envelhecimento da População
Outro fator que agrava a situação é o envelhecimento da população brasileira. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que, desde 2023, os idosos deixaram de ser a menor parcela da população e, em 20 anos, representarão a maior. Isso é consequência da queda nas taxas de fecundidade e do aumento da expectativa de vida. Com menos jovens entrando no mercado de trabalho e mais idosos se aposentando, a equação previdenciária tende a se tornar insustentável.
Necessidade de uma Nova Reforma
A última reforma da Previdência ocorreu em 2019, no governo do presidente Jair Bolsonaro. Apesar de ter sido um passo importante, os números crescentes do déficit previdenciário sugerem a necessidade de novas mudanças. Analistas já indicam que uma nova reforma será inevitável, especialmente para controlar o crescimento das despesas obrigatórias, como aposentadorias e pensões, que já ultrapassam o limite imposto pelo novo arcabouço fiscal. O crescimento das despesas obrigatórias acima de 2,5% da inflação limita os recursos para áreas essenciais, como educação e saúde, colocando o funcionamento de serviços públicos em risco nos próximos anos.
Foco no Aumento de Receitas, Mas e o Controle de Gastos?
Outro ponto de atenção é que o governo tem focado em aumentar as receitas – com a elevação de impostos e arrecadação – enquanto deixa de lado medidas mais contundentes para controlar os gastos públicos. Para muitos economistas, o ajuste fiscal equilibrado entre aumento de receitas e corte de despesas é essencial para evitar um aumento maior da dívida pública e, consequentemente, da taxa de juros. Isso impacta diretamente a economia, encarecendo o crédito e afetando o consumo das famílias.
Prepare-se!
Diante desse cenário, é fundamental se preparar financeiramente para a aposentadoria. A Previdência Social sozinha nunca (repito, NUNCA!) será suficiente para garantir um futuro confortável, especialmente em um ambiente de colapso do sistema de transferência intergeracional (as gerações atuais pagam pelas gerações anteriores). Buscar alternativas como o Tesouro Direto, fundos imobiliários, ações, ativos no exterior, fundos de previdência privada e outras modalidades de investimento será algo impreterível para complementar a renda no futuro e garantir sua segurança financeira e de sua família.
09/09/2024
Samuel Barbi
Dinheiro Zen
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