5 passos para ser seu próprio patrão
Samuel Barbi
Data: 16/08/2021

Estamos vivendo tempos difíceis. O desemprego aflige 14,8 milhões de pessoas, atingindo 14,7% da força de trabalho nacional. A alta dos preços, em especial de itens essenciais, como energia elétrica, combustíveis e alimentos colabora para o aumento da miséria no país.
Procurar empregos vai se transformando em uma atividade desanimadora para essas pessoas, que acabam acumulando dívidas e enfrentando dificuldades financeiras ainda maiores em função dos juros e multas pelo atraso de pagamentos.
Apesar de todos os problemas, sempre é possível criar uma saída. E há um modo simples e barato para realizar uma transformação nessas condições. Vamos conversar sobre alguns passos para que você possa se encontrar nesse caminho alternativo:
1) Uma boa ideia
Se o mundo não te apresenta as oportunidades, você mesmo deve criá-las. E não precisa reinventar a roda ou complicar. Faça cursos online sobre algo que goste, há muitos gratuitos disponíveis, e pense a todo momento em como aplicá-los para gerar renda. Pode ser em culinária, costura, comércio, produção de vídeo, fotografias, tecnologia, existe uma infinidade de atividades. Siga o mantra: estude e coloque em prática.
2) Coragem
É nesse ponto que muitos pecam. A síndrome do impostor e o medo de ser julgado pelos outros limita muitas pessoas a empreender. Não tenha medo, faça o que fizer, você estará sempre sendo julgado pelos outros, então, melhor é ser julgado ganhando seu dinheiro de forma honesta. Junte forças e comece. O caminho aparece para quem está andando. Use a internet para divulgar seu novo trabalho, pessoas que você nem imagina quem são vão querer comprar seus produtos e serviços.
3) Comece pequeno
Existe uma modalidade de empresa que é maravilhosa para quem está começando. Pode ser aberta em menos de 3 dias e os impostos, em alguns casos, podem ser de apenas R$60/mês!
É o caso do MEI: Microempreendedor Individual. São muitas as ocupações permitidas (confira a lista oficial) e você sequer necessita de um advogado ou contador para começar. Tudo pode ser feito online no site oficial do governo (https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/empreendedor/quero-ser-mei) e da prefeitura de sua cidade.
O processo é muito simples. Basta ter alguns documentos em mãos e preencher poucos formulários. Não existe nenhum custo envolvido, cuidado com os sites e aplicativos que dizem o contrário! Vale destacar que o MEI é um empresário individual, portanto, uma atividade sem sócios, e que pode contar com apenas um funcionário além do próprio empresário.
4) Atenção nas obrigações e nos benefícios
Caso opte por começar como MEI, é necessário pagar o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), com vencimento no dia 20 de cada mês. Com a quitação em dia desse documento o empresário tem direito também às coberturas do INSS, isto é: aposentadoria por idade, invalidez, auxílio doença, salário maternidade ou mesmo pensão por morte (para a família). O DAS custa, atualmente, por volta de R$60/mês.
Além disso, deve-se atentar para a declaração de imposto de renda. Ela deve acontecer obrigatória e anualmente pela empresa com a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI). A pessoa física, por sua vez, precisará apresentar a Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda caso tenha recebido rendimentos acima da faixa de isenção deste imposto ou em outros casos aplicáveis, fique ligado!
5) Cresça e apareça
O limite de receita bruta anual é de até R$81 mil, o que significa em média, R$ 6,75 mil mensais. Isso significa que quando seu negócio crescer, ele obrigatoriamente deixará de ser um MEI. E esse pode ser um de seus novos objetivos, afinal, você deixou a condição de desempregado para empreender. Agora é hora de empregar outras pessoas e dar a elas a oportunidade que antes te faltava. De desempregado a empresário, e aí, topa esse grande desafio?
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